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Escrito por: Antonio Ferro
20/05/2024
Distante cerca de 60 quilômetros da capital paulista, a cidade de Atibaia é uma antiga estância hidromineral, refúgio para muitos paulistanos, além, é claro, de sua população, que gira em torno de 160 mil habitantes.
Ainda, como pouso dos bandeirantes que seguiam rumo a Minas Gerais e ao desbravamento do interior brasileiro, nos tempos da Província de São Paulo, o povoado formado pelo bandeirante Jerônimo de Camargo em sua fazenda era reconhecido pelas águas saudáveis (Tybaia), vocábulo que daria o nome ao município em 1864.
Dessa maneira, o desenvolvimento das terras atibaianas seguiu um curso orientado pela colonização de italianos, espanhóis e japoneses, além das famílias de origem local, com impulso fortalecido pela economia agrícola, comercial e de serviços. Hoje, Atibaia se encontra privilegiada junto ao entroncamento de duas importantes rodovias que lhe permitem um fácil acesso às grandes cidades do próprio estado paulista, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.
Além disso, entre as suas atividades da cultura de flores e morangos que lhe dão a sustentabilidade econômica, o turismo é um outro aspecto bem observado em virtude de sua rica natureza, com destaque para o maciço da Pedra Grande, com seus mais de 1.400 metros de altura (do nível do mar) que permitem uma privilegiada visão dos arredores, como também o salto de asa-delta ou paraglider.
Também não podemos nos esquecer do seu privilegiado clima, que incentivou os muitos turistas a se instalarem por aqui, usufruindo do agradável e limpo ar da cidade.
De acordo com o artista plástico Márcio Zago, quanto à natureza presente no município, o escritor Amadeu Amaral publicou uma crônica, em 1927, registrando suas impressões sobre um passeio à Pedra Grande, texto que se transformou em um ícone para a cidade em razão da frase final, onde arrematava: “É quase o paraíso possível na Terra…”.
A cidade ainda abriga o seu centro histórico, com imóveis que remetem ao seu passado do século 19, tendo peculiaridades da arquitetura barroco/rococó, ressaltando um visual clássico. Mesmo que os problemas da modernidade possam estar presentes na sua vida cotidiana, é possível encontrar a imagem bucólica de Atibaia de outrora, onde as lembranças se fazem vivas em um tempo que demorava a passar.
Todo esse contexto pode ser acessado pelas importantes rodovias Dom Pedro I e Fernão Dias. De São Paulo, a Viação Atibaia São Paulo é a responsável pelo transporte daquelas pessoas interessadas em conhecer a região, bem como dos inúmeros moradores que precisam alcançar a capital paulista e vice-versa, diariamente.
Fazendo parte da vida da cidade desde 1956 (ainda como Auto Viação Joanópolis), a operadora tem uma ligação carinhosa e muito atenta com os principais motivos que promovem o nome Atibaia ao mundo. Num vai e vem constante pela hoje “avenida” Fernão Dias, a Viação Atibaia se destaca pela governança enxuta que lhe confere uma operação eficiente, sempre com o melhor atendimento aos seus clientes.
De acordo com Sergio Mantovaninni, diretor-presidente da transportadora, a história da empresa tem muito a ver com o desenvolvimento de Atibaia, pois a interligava com a capital do estado, destacando-se no transporte de pessoas e encomendas. “Escolas, mercados, farmácias e demais comércios tinham a possibilidade de ser atendidos com o transporte de mercadorias. Além disso, a empresa sempre teve como clientes os vendedores, viajantes, estudantes, professores e outros públicos.”
Conforme relatou, nos primórdios era assim: pela manhã, saía um ônibus de Joanópolis e um de São Paulo. Em Atibaia, os dois motoristas trocavam de ônibus entre si, pois retornavam às suas cidades de origem e os ônibus seguiam seu destino sem desacomodar passageiros, bagagens e mercadorias. “Serviam a toda a extensão entre as duas cidades e acabavam por atender às localidades pelo caminho, como Piracaia, Bom Jesus dos Perdões, Mairiporã e os muitos bairros pelo caminho até a periferia da capital, desde o Tucuruvi até chegar à Estação da Luz”.
Mantovaninni disse que a empresa foi protagonista importante no desenvolvimento da região, sobretudo em Atibaia. “Como a cidade sempre foi a maior da região em questão, nada mais correto de que a sede principal fosse aqui.”
Confira mais detalhes na Edição 44 da Revista Sou + Ônibus
Edição Marcelo Valladão
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