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Escrito por: Antonio Ferro
05/12/2023
Dentro do jogo da descarbonização dos sistemas de transporte, há um jogador que, ainda, não é aproveitado de maneira costumaz na matriz energética dos veículos automotores.
O Brasil está sentando sobre uma vasta capacidade para produzir um biocombustível que é reconhecido por sua referência em transformar aquilo que seria um agente poluidor em propulsão limpa. Estamos falando do biometano, que, na visão da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), é a alternativa madura mais competitiva de alcançar os compromissos climáticos nos setores de maior dificuldade de descarbonização, como a indústria e o transporte, além de poder contribuir para a independência e autossuficiência energética no Brasil.
Ele, também, representa a oportunidade, viável, para a produção de hidrogênio renovável, por meio da reforma a vapor do metano, considerado outro combustível que marca a mitigação dos efeitos nocivos da poluição.
Como podemos ver, muito mais do que apostar em uma única solução de tração para os meios de transporte, o País pode ser o exemplo mundial quanto a oferecer diferentes soluções ambientais para alcançar sua meta de redução das emissões poluentes.
Em relação ao ônibus urbano, modal eleito pelos muitos formadores de opinião e especialistas da causa ambiental, como vilão no processo que define os meios que mais poluem em nossa terra, o maior uso desse biocombustível lhe proporcionaria um ganho ambiental eficiente e capaz de superar tal feito negativo (se bem que, ao avaliarmos de forma sensata, chegaremos a conclusão que o ônibus é um indutor das melhores práticas ao meio ambiente e que é marcado, erroneamente, pela mancha poluidora).
Mas, porque não ocorre no Brasil essa inserção do biometano na matriz energética do transporte coletivo? Afina, se todo o resíduo disponível hoje no Brasil, segundo a ABiogás, fosse utilizado para a sua produção, o setor sucroenergético poderia produzir 57,6 milhões de m³ por dia, a proteína animal contribuiria com até 38,9 milhões de m³ diariamente, enquanto os resíduos da produção agrícola teriam capacidade para produzir 18,2 milhões de m³ por dia e o saneamento básico, por sua vez, teria a projeção de 6,1 milhões de m³ ao dia. É muito combustível para abastecer um altíssimo volume de ônibus.
Na próxima edição da Revisa Sou + Ônibus, Renata Isfer, presidente-executiva da ABiogás trará mais informações sobre essa assunto.
Por Antônio Ferro
Edição Marcelo Valladão
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