Busworld: as novidades do primeiro mundo

Busworld: as novidades do primeiro mundo

Escrito por: Antonio Ferro

16/10/2023

No principal evento mundial, voltado à mobilidade, realizado pelo modal ônibus, o foco da indústria orientou-se, mais uma vez, para os conceitos de tração limpa e sistemas de transporte coletivo eficientes e modernos.

 

Seja urbano ou rodoviário, pequeno, médio ou de grande porte, com linhas retas ou aerodinâmicas, movido a diesel, eletricidade ou biogás. Não importa. O que o mercado quer e necessita estava exposto na edição de 2023 da Busworld.

 

Após quatro anos sem ser realizada, a feira voltou com muita vontade e maior brilho, ao reafirmar o papel do ônibus no desenvolvimento de cidades e países.

 

Governos, indústria e sociedade em harmonia pela evolução do transporte

A primeira coisa que se percebe ao visitar a mostra europeia é que o modal, no continente, recebe muita atenção por parte dos gestores públicos, sejam eles municipais ou de outras esferas governamentais. Porque pode ser dito isso? Pelo fato de os veículos estarem em sintonia com a modernidade, com a sustentabilidade ambiental e com o compromisso da qualificação dos sistemas.

 

Falar de Busworld é a oportunidade para podermos conhecer aquilo que não tem volta – o tempo da evolução. Entretanto, ao fazermos um paralelo entre o primeiro mundo e os demais países, não devemos nos esquecer que é impossível fazer uma comparação direta de conceitos, acima de tudo com o Brasil, terra do ônibus, pela carência de valorização governamental quanto ao tema. Aquilo que tem lá, em muitos casos, não se adequa a nós, e o que temos, pode ou não ser considerado obsoleto para eles.

 

Europeus e chineses dão a tônica na eletrificação

 

Façamos, então, um meio termo, sobre os contextos empregados. Abordemos sobre a eletrificação do modal, de maneira geral. Os ônibus elétricos expostos em Bruxelas foram ressaltados com as suas mais variadas configurações, trazendo, segundo a estratégia de cada marca presente, inovações quanto a propulsores e baterias. Europeus e chineses, estes com uma significativa representação na mostra, destacaram seus ideias e desenvolvimentos que prometem ser a cereja do bolo.

 

Hidrogênio gera debates

 

Em paralelo à exposição de ônibus elétricos puramente a baterias, viu-se, também, a expansão dos modelos dotados com células a combustíveis, que também utilizam a eletricidade para se moverem, contudo, tendo combustível de transformação o hidrogênio. Tal conceito, com alguns projetos em andamento voltados para a área urbana, foi mostrado como uma opção a mais para o segmento rodoviário, preocupado com as necessidades por redução de suas emissões poluentes.

 

Porém, a questão da infraestrutura de abastecimento de hidrogênio é um fato que ainda gera debates na Europa em torno da falta de políticas públicas e investimentos essenciais para se alcançar sucesso na operação. Não há uma rede suficiente que ofereça suporte veicular, mas, mesmo assim, as fabricantes que apostaram nesse tipo de tração vendem suas ideias a favor de uma autonomia que chega a 1000 km, com tempo de abastecimento de 20 minutos. Esse é um conceito que tende a chegar aqui.

 

 

Duas importantes fabricantes brasileiras de ônibus não ficaram de fora da mostra europeia. Marcopolo e Mercedes-Benz fizeram bonito ao mostrarem seus desenvolvimentos em linha com os segmentos rodoviário e urbano, respectivamente.

 

A marca gaúcha ousou ao levar à Bruxelas a sua carroçaria Top de Linha Paradiso 1800 DD, com uma configuração interna que provocou muita surpresa a quem visitou o seu estande.

 

E os demais detalhes dessa participação brasileira, junto com a matéria completa, você confere na Edição 41 da nossa Revista Sou + Ônibus que já está chegando em breve.

 

Por Antônio Ferro, edição Marcelo Valladão

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