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Escrito por:
06/06/2023
O ano de 2013 foi marcado pelas manifestações contra o aumento de passagens no transporte público. O movimento acabou superando as propostas iniciais e tomou proporções políticas que alterou o rumo da nação.
Apesar de ter apresentar um momento que crescimento de tarifas acima da inflação (os preços do transporte público em São Paulo pulou de R$ 0,50 para R$ 3, acima dos R$ 2,17 do IPCA), os problemas permaneceram, mesmo com o congelamento dos preços.
Para Ricardo Barbosa da Silva, professor do Campus Leste da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e coordenador do grupo Rede Mobilidade e Periferia, a qualidade do transporte não melhorou após as manifestações de 2013.
“O problema da lotação que é histórico, que a classe trabalhadora enfrenta no cotidiano, nem com a pandemia foi resolvido. Pelo contrário, principalmente as linhas mais periféricas, em que as pessoas não permaneceram no home office, permaneceram mais lotadas”, explicou.
Além disso, o pesquisador afirma que falta estrutura nas vias para os ônibus e que o poder público precisa atuar com mais eficiência na área, inclusive citando o monotrilho que chegaria até a Cidade Tiradentes, obra prometida para a Copa do Mundo de 2014, mas que não foi realizada.
Já Paique Duques Santarém, urbanista e militante do MPL (Movimento Passe Livre) de Brasília, destacou que os protestos trouxeram à tona discussões que aprofundaram as discussões sobre os projetos Tarifa Zero.
“Nós temos hoje 7 capitais com grupos de estudo discutindo tarifa zero. O sistema de transporte, pela falência do modelo atual dele, tende a tarifa zero como mecanismo incontornável”, afirmou.
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