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Escrito por: Marcelo Valladão
22/09/2023
Neste dia 22 de setembro, em cidades do mundo todo, são realizadas atividades em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida nas cidades, no que passou a ser conhecido como Dia Mundial Sem Carro (DMSC).
O Dia Mundial Sem Carro estimula uma reflexão sobre o uso excessivo do automóvel, além de propor às pessoas que dirigem todos os dias, que revejam a dependência que criaram em relação ao carro ou moto. A ideia é experimentar, pelo menos nesse dia, formas alternativas de mobilidade, entre elas o transporte público, como o ônibus , pore exemplo, descobrindo que é possível se locomover pela cidade sem usar o automóvel.
O carro é uma invenção útil e necessária, com ele, você pode carregar centenas ou talvez milhares de vezes o peso do do que conseguiria carregar com as mãos. Pode levar pessoas ao hospital, suprir deficiências de mobilidade e transpor distâncias enormes.
No entanto, o problema começa quando você percebe que a quase totalidade dos motoristas nas cidades são pessoas sem nenhuma restrição de mobilidade. E geralmente carregam apenas uma blusa ou um caderno, não estão sendo levadas a hospital algum e estão fazendo um trajeto que muitas vezes não chega a 10 km.
Todos saindo com seus carros no mesmo horário causam o efeito mais visível da mobilidade centrada no automóvel: o congestionamento. Outros efeitos são mais difíceis de perceber e alguns até impossíveis de mensurar com exatidão.
Mortes e ferimentos de vítimas do trânsito, doenças cardiovasculares e respiratórias resultantes da poluição e as consequências do sedentarismo são os principais efeitos na saúde das pessoas.
A saúde mental também é afetada, em razão de stress, isolamento, frustração, agressividade e menor tempo para convívio com a família. Ter seu prestígio social e autoestima atrelados ao automóvel também tem impacto psicológico negativo.
E não podemos deixar de citar o impacto ambiental e social de tamanho volume de carros e motos circulando nas ruas. Bem mais do que poluir o ar, também há poluição das águas com os resíduos da circulação, consumo exagerado de recursos naturais para a produção massificada dos veículos, impermeabilização do solo, aumento da temperatura das cidades, diminuição do espaço para convívio entre as pessoas, degradação nas relações pessoais, entre outros fatores. Que tal ir e vir de ônibus?
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