Os impactos de um novo aumento na mistura de biodiesel no diesel

Os impactos de um novo aumento na mistura de biodiesel no diesel

Escrito por: Antonio Ferro

04/10/2023

Recentemente, o presidente Lula comentou que o teor de biodiesel na mistura com o diesel fóssil pode aumentar. Porém, na prática, o maior volume é viável, tanto pelo lado econômico, como pela manutenção dos motores?

 

O uso de motores de combustão nos veículos pesados produzidos no Brasil ainda terá presença garantida por um bom tempo em modais do transporte de passageiros e de cargas. Apesar desses propulsores ainda utilizarem o diesel fóssil, houve, ao longo dos anos, uma contínua evolução em termos tecnológicos que permitiu uma significativa diminuição dos gases tóxicos emitidos. Hoje, com a fase P8 do Proconve, o equivalente à norma Euro VI, os ganhos são muitos se compararmos com as gerações mais antigas dos motores em termos de emissões poluentes.

 

Em paralelo à adoção de componentes nos propulsores para a mitigação do material particulado e óxido de nitrogênio, o uso de biocombustíveis se tornou uma alternativa para se obter o menor nível de poluição. O mais conhecido deles, o biodiesel, está presente na matriz energética dos transportes por meio de uma mistura de 12% no diesel convencional.

Em um discurso proferido, recentemente, pelo presidente Lula, esse volume tende a aumentar, podendo chegar até a 15%. Mas, esse aumento pode impactar no cotidiano das transportadoras? A Revista Sou + Ônibus ouviu alguns importantes players envolvidos com o setor do transporte de passageiros sobre como os novos volumes podem influenciar em suas operações. Além disso, a indústria de veículos e a de produção do biocombustível também foram consultadas.

Para a Anfavea, representante dos fabricantes brasileiros de chassis para ônibus, ainda não houve, junto à ela, uma consulta formal, feita pelo governo sobre esse tema.

Pelo lado das operadoras, o anúncio da mistura de biodiesel causa certa apreensão em virtude de alguns aspetos que podem comprometer o bom funcionamento dos veículos.Contudo, isso não é um impedimento para alguns operadores que vêem de forma positiva o uso de biocombustíveis em sua frota.

 

O diretor superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski, em evento em São Paulo, cobrou celeridade do governo federal na efetivação de medidas em prol do setor sinalizadas por Brasília, como a antecipação do aumento da mistura do biodiesel no diesel fóssil e a revisão de metas do RenovaBio.

Essas e outras visões sobre o assunto você vai acompanhar em matéria exclusiva em nossa revista. Não perca a matéria completa na edição 41 da Revista Sou + Ônibus.

Edição: Marcelo Valladão

Gostou do que leu?

Então confira outros conteúdos recomendados para você!

Unidade SEST SENAT em Santo Amaro se consolida após primeiro ano

Saiba mais

Guarupass celebra 30 anos de inovação na mobilidade urbana de Guarulhos

Saiba mais

Rápido D’Oeste investe em 22 ônibus rodoviários

Saiba mais