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Escrito por: Mauro Herszkowicz
16/08/2024
O Seminário Nacional NTU, promovido pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos e realizado na primeira semana deste mês de agosto, que teve como tema “A revitalização do transporte público e a reconquista do passageiro”, mostrou dados que afloram a dura realidade vivida pelas empresas de transportes de passageiros, no Brasil.
Segundo o Anuário NTU 2023 – 2024, houve uma redução de 44,1% nas viagens de ônibus no transporte público urbano nos últimos dez anos, o que representa quase 20 milhões de usuários pagantes a menos, por dia, em 2023, quando comparado ao ano de 2014.
Essa queda de demanda também foi apontada na Pesquisa CNT de Mobilidade da População Urbana 2024, indicando a diminuição do uso do transporte coletivo em cerca de 15%, quando comparada à pesquisa feita pela Confederação Nacional do Transporte, em 2017.
Há um consenso entre os especialistas que participaram dos debates ocorridos no Seminário de que essa diminuição do número de passageiros, verificada, principalmente, no período de pandemia do coronavírus, decorre da crescente utilização do transporte individual, motos e carros; da realização de atividades remotamente; e do uso expressivo dos serviços de transporte demandados por aplicativos.
Uma situação que exige a adoção de políticas públicas e instrumentos legais que tornem o transporte público atrativo, atendendo as necessidades da população, com a devida prioridade no sistema viário, modicidade tarifária, pontualidade, sustentabilidade, maior eficiência e redução dos tempos de deslocamentos.
O planejamento da mobilidade brasileira é imprescindível, principalmente, para uma significativa parcela da população, 52,7%, que usa o transporte público por ônibus, por ser a única alternativa disponível, e para 79,2% das pessoas das classes C, D e E que se deslocam utilizando o ônibus como modal. Mas, não se trata de passageiro cativo. É preciso que os setores público e privado identifiquem as expectativas da sociedade, garantindo um transporte coletivo qualificado, que possa recuperar os antigos usuários e atrair novos passageiros para o serviço.
Um fator positivo da Pesquisa CNT, é que mais de 60% dos entrevistados têm a intenção de voltar para o sistema de transporte por ônibus, desde que ocorram as mudanças operacionais desejadas. Como foi destacado pela vice-presidente do Conselho de Inovação da NTU, Luciana Herszkowicz, esse dado deve nos impulsionar a focar em melhorias, entre elas, o nosso relacionamento com o cliente. É preciso entender como o passageiro compreende o transporte coletivo e como é a experiência dele com esse serviço essencial e estratégico prestado pelas empresas operadoras.
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