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Escrito por: Marcelo Valladão
10/08/2023
Abraçar as tecnologias modernas e integrá-las na infraestrutura do transporte público é uma das maneiras de otimizar o sistema e melhorar a experiência do passageiro. Ainda assim, nem tudo é tão fácil. Em meio aos desafios do setor, o Seminário Nacional NTU 2023 emerge como uma oportunidade de debater o futuro da mobilidade urbana no Brasil e encontrar soluções para o crescimento da área.
Com o tema geral “Um Novo Marco para o Transporte Público Urbano de Passageiros”, o evento traz especialistas do mercado e uma gama variada de informações para o desenvolvimento conjunto. O último painel do Seminário tratou sobre “Inovação em sistemas inteligentes de transporte e meios de pagamento” e reuniu grandes empresas do setor para compartilharem projetos e opiniões a respeito do assunto.
Os principais tópicos abordados na conversa foram a implementação das novas tecnologias e como podem ser aplicadas, bem como o impacto do novo marco regulatório, tido como uma necessidade urgente da categoria. Mediado pelo jornalista Alexandre Pelegi, os diretores, CEOs e presidentes se alternaram para tratar sobre o tema.
Entre os pontos apresentados pelos participantes estavam a inclusão de inteligência artificial, biometria facial, variedade nos meios de pagamento, facilidade de informação e inclusão de mobilidade, financeira e social. Além disso, foi ressaltada a importância da contenção no gasto para a aplicação das medidas. “Nossa preocupação atual é fazer com que toda a tecnologia caiba no bolso e no orçamento dos sistemas. A tecnologia não é a estratégia, é uma ferramenta da estratégia”, enfatizou Rafael Telles, diretor da Transdata.
Quanto às formas de comprar o serviço, há uma preocupação em oferecer opções adequadas para cada um. Como explicou Ronco Junior, presidente da Prodata, não há mais passageiros, são clientes do transporte público e sempre devem estar no foco das ações para terem conforto e comodidade na escolha da melhor forma de pagar.
O CEO da RioCard Mais, Cassiano Rusycki, afirmou que a principal questão para o cliente é a facilidade no transporte e na mobilidade, e esta deve ser a grande meta de qualquer nova medida. “A gente entende que é preciso aplicar a inovação e a tecnologia, mas também tem todo um ecossistema que precisa ser impulsionado para que, no final, ele consiga facilitar a mobilidade do cliente”, destacou durante o painel.
Em um segundo momento, os participantes debateram sobre o impacto do novo marco legal em trâmite no Congresso Nacional. O grupo ressaltou algumas necessidades para o bom funcionamento da futura nova medida, como trabalhar a governança, a transparência, o diálogo entre as partes, a universalização do acesso e a maior eficiência dos sistemas.
Por fim, o representante da Transdata atentou para um papel importante no processo. “Acho que o nosso desafio como empresas de tecnologia é que a gente capacite o órgão gestor. A grande novidade do marco regulatório é que o gestor vai ter que começar a participar mais das ações e, para isso, ele precisa estar capacitado”, acrescentou.
Também estiveram presentes entre os debatedores Rodney Freitas, CEO da Autopass; Marcionilio Sobrinho, diretor técnico da Empresa 1; Romano Garcia, CEO da GOAL S.; Paulo Fraga, CEO da Primova; Valmir Colodrão, CEO da Praxio; Diego Buss, account manager da Optibus; e Welington Costa Monteiro, superintendente de tecnologia da TACOM.
Com informações da Assessoria NTU
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